terça-feira, 31 de agosto de 2010

PERCALÇOS

                                                      


Da criança solitária, à beira do portão
Franzina e molhada, pela fria chuva
Sobrou o olhar perdido, ausente de emoção
A voz estremecida...apagada e turva!
                                                       

Eu nunca gostei
De escrever em linhas
Novas picadas!

































                                         
És libélula
Só mero fragmento
No universo!

                                                                      





                                                                     
                                                          
Muitas guirlandas
De rosas setembrinas
Laços floridos!
                                                                  

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DECISÕES


Não farei parte
De uma triste história
Nem serei o vulto
Que anda devagar
No caminho das folhas de plátano!
Muito menos...
A solitária figura
Sumindo aos poucos
Em uma paisagem qualquer!
Farei sim...
Parte daquele cartão
Em que as pegadas na areia
Moldadas por incuráveis
Apaixonados
São emolduradas por um céu
E mar arrebatadores!

MISTRAL


O meu mundo...
É o mundo dos caminhos
Das folhas de plátano
Do vento que tece
Em meus cabelos
O desalinho das perdidas paixões!
Que me arrasta pela terra sem destino
Para que cante, do amor, a lenda
Privilégio e desatino!

POEMINHA



"Meu mundo perfeito seria
Se ao amanhecer de cada dia
Sempre houvesse pra mim
No ar, o perfume de cravos
Rosas frescas nos vasos
Mil flores num lindo jardim!"

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"E POR FALAR EM ANJOS"...

TRECHO DO CONTO PUBLICADO NO LIVRO DO SEGUNDO PRÊMIO MISSÕES DE ROQUE GONZALES, RIO GRANDE DO SUL.
...Aqueles seres maravilhosos voavam sobre Clara em mais uma noite de surpresas na pequena sacada de frente para a serra do Mar, emoldurando a cidadezinha de montanhas e vales.
Para a sensível menina, eram horas mágicas em noites misteriosas que a encantariam para smpre. Imóvel, ficava observando as brincadeiras daqueles que eram sempre em dez, quatorze anjos que jogavam flores uns para os outros, trocavam guirlandas, fazendo-as e refazendo-as, criando outras de maior beleza numa velocidade impossível de ser acompanhada com os olhos. Suas risadas pareciam sininhos que inundavam o ar da mais pura alegria. Clara ficava intrigada pois a cada movimento dos lábios quando riam,saiam pequenas luzes como pirilampos que estouravam no ar, produzindo um som engraçado, que dava cócegas na garganta e vontade de rir também!
Algumas flores iam até certa altura do chão para sumirem de repente. Alguns deles faziam piruetas. Estes eram os menores e olhavam muito para Clara mostrando caretas engraçadas...

"Convicção"

                                 
                                             "O que supera a morte
                                                      Só o amor ...
                                                   Que é chama!
                                             Que faz do fraco, forte!
                                                   E da vida, a sorte
                                                    De quem ama!"

 

"Sonhos alados"

"Borboletas são amores perdidos...procurando quem sabe encontrar, algum outro amor, em outro lugar!"

quinta-feira, 12 de agosto de 2010











"O sim e o não encontraram-se...
O sim respondeu
Mas o não ficou só!"
Na rua deserta e fria...por vezes sinto falta do tintilar de meus botões, chocando-se uns contra os outros!
Das luzes das casas recolhidas em seus momentos melancólicos...
Dos pensamentos
Pensamentos ontinos carregados de saudade!

AUSÊNCIA

O vazio era tão grande
Tão intenso
Que a alma passou
Pelo orifício minúsculo
Da agulha da paciência...
Bordando em ouro e prata
No lençol do tempo
Todo um querer
Toda uma saudade!

ENCONTRO

Galgar a noite azul e claraA espinha dorsal da antasiaQue abraços meu coração daria!Me buscarias no ventoNa estrelaNa paisagemE teu corpo todoTremeriaAo sentirEm cada espaço...A saudade! 

SOBERBA

E o orgulho te fez assinar o nome...
No final da crônica
No canto do quadro
Na areia da praia
No papel
No céu!

CONTRASTES...

Como doem estes colchões macios...
Quando sentimos na alma
O catre da miséria humana!

VIDA

Este enigmático existir 
De respostas vagas... 
Chama que consome, aprisiona 
Efêmera loucura 
Que apaixona!
Troca de lugar comigo,
Incêndio visual...
Eterno momentâneo
Da beleza ilimitada...
Sabor de infinito
Que abraça cada alma!

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